De figuras da ala esquerdista do partido de oposição a representantes da facção mais pró-governo, eles se uniram às duras críticas à decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de atacar três bases nucleares iranianas.
“A decisão desastrosa do presidente de bombardear o Irã sem autorização é uma grave violação da Constituição e dos poderes de guerra do Congresso. Ele impulsivamente arriscou lançar uma guerra que poderia nos aprisionar por gerações ”, escreveu a deputada democrata Alexandria Ocasio-Cortez, de Nova York, em sua conta no X, acrescentando que a operação militar “é absoluta e claramente passível de impeachment”.
Da mesma forma, o senador de Vermont Bernie Sanders , que normalmente vota com a bancada democrata, mas é tecnicamente independente, também criticou Trump, comparando o envolvimento dos EUA no conflito Israel-Irã a invasões americanas anteriores.
” O povo americano foi enganado sobre o Vietnã, com consequências trágicas. O povo americano foi enganado sobre o Iraque, com consequências trágicas. Hoje, o povo americano está sendo enganado novamente. Não podemos permitir que a história se repita ” , disse Sanders, que horas antes havia alertado que os EUA não podiam se dar ao luxo de “se envolver na guerra de [Benjamin] Netanyahu”.
Enquanto isso, o senador democrata da Califórnia, Adam Schiff , da ala mais centrista do partido, também criticou a decisão de Trump, embora com um argumento mais típico dos neoconservadores democratas : a de que evidências de inteligência que justificassem uma intervenção militar americana ainda não haviam sido apresentadas.
“Não se deve tomar uma ação como essa sem uma base sólida; ou seja, [sem saber] que o Irã está em breve buscando uma bomba . E simplesmente não temos a informação, ou, se temos, ela não foi compartilhada com o Congresso”, disse Schiff no programa “State of the Union”, da CNN.
Do lado republicano, enquanto figuras legislativas importantes — como o presidente da Câmara, Mike Johnson, e o chefe do Senado, John Thune — apoiaram o ataque ordenado por Trump, outros legisladores, mais inclinados ao trumpismo do que o establishment do partido , deixaram clara sua oposição às ações do
presidente. “Isso não é América em Primeiro Lugar ” , escreveu o deputado Thomas Massie , republicano do Kentucky , compartilhando uma postagem de Trump sugerindo a necessidade de derrubar o atual governo iraniano.
Da mesma forma, a deputada da Geórgia, Marjorie Taylor Greene , uma das faces mais visíveis do movimento MAGA, postou no X que “esta não era a nossa guerra”, acrescentando horas depois: “Eu pessoalmente não quero ver nenhuma guerra estrangeira e sempre votei NÃO para que os EUA pagassem por elas ou lutassem nelas”.
Por: Sputnik (Rússia)