O Oeste começou com o pé direito na Copa Paulista ao vencer o São Caetano por 1 a 0 na noite desta segunda-feira (17), no estádio Prefeito José Liberatti, o popular Rochdale, em Osasco.
Mesmo desperdiçando um pênalti no primeiro tempo, o time de Barueri garantiu os três pontos na estreia. Mas o que mais chamou a atenção não foi apenas o placar: o jogo aconteceu longe da casa habitual do Oeste e com um uniforme em tons rubro-verdes, uma combinação que reacende curiosidades e especulações.
Por que o Oeste jogou em Osasco?
O estádio Rochdale é tradicionalmente reconhecido como a casa do Grêmio Osasco Audax, time que já teve seus dias de glória no futebol paulista. Mas, nos últimos anos, o Audax vive um momento de baixa, atualmente disputando a quinta divisão estadual (Série A5), enquanto o Oeste segue firme na Série A2, a segunda divisão do Campeonato Paulista.
Sobre a decisão de mandar o jogo em Osasco, o secretário de Esportes de Osasco, Thiago Borges, esclareceu que o estádio foi liberado “apenas a pedido do time, por ter agenda livre, e nada além disso”. Ou seja, oficialmente, não há um movimento de aproximação mais profundo entre Oeste e Osasco — pelo menos por enquanto.
A troca de cores: coincidência ou sinal?
Outro detalhe curioso é o uniforme utilizado pelo Oeste: o rubro-verde é justamente a combinação de cores que marcou o Grêmio Osasco no início, antes de ser comprado por Mário Teixeira, que posteriormente retirou o verde dos uniformes. Vale lembrar que o verde faz parte da bandeira da cidade e, historicamente, tem um forte apelo local.
Essa escolha levanta a dúvida: será uma homenagem, uma coincidência ou uma jogada estratégica para atrair o torcedor osasquense?
E se o Oeste vier para Osasco?
A possibilidade de o Oeste se aproximar definitivamente de Osasco, ou até mesmo se mudar para a cidade, é algo que começa a circular nos bastidores. Mas se isso acontecer, a dúvida é: o clube teria apoio popular?
Historicamente, o torcedor osasquense nunca abraçou o Audax com grande entusiasmo. Muitos lamentam a ausência do tradicional Grêmio Esportivo Osasco, que carregava as cores da cidade e tinha identidade local. O Audax, com origem em São Paulo e transferido posteriormente para Osasco, sempre foi visto como um time “importado” e, apesar das campanhas marcantes, nunca conquistou o coração da maioria dos torcedores.
Se o Oeste realmente passar a atuar com frequência em Osasco ou até firmar raízes por aqui, a aceitação da torcida local ainda é uma incógnita. Teria o Oeste capacidade de despertar o orgulho da cidade e atrair uma nova geração de torcedores? Ou seria visto como mais um forasteiro ocupando o espaço?
Por enquanto, é só futebol. Ou será que não?
Oficialmente, a prefeitura de Osasco trata a situação apenas como uma liberação pontual do estádio para atender um pedido do clube. Extraoficialmente, o novo uniforme, o retorno ao Rochdale e a fragilidade atual do Audax alimentam a especulação de que algo maior pode estar por vir.
Se o Oeste subir para a elite paulista, Osasco pode, mesmo que indiretamente, voltar a ter um time na Série A1 — um sonho antigo de muitos torcedores locais.
Fica no ar a pergunta: será o início de um novo capítulo para o futebol osasquense?