Hidrelétrica de Pirapora completa 100 anos e recebe R$ 100 milhões em investimentos

Ao completar 100 anos, Usina Rasgão passa por retrofit com investimentos de cerca de R$ 100 milhões.

Intervenções em instalação da Emae incluem a automação da barragem, novos equipamentos e sistemas digitais para operação

A Usina Hidrelétrica Rasgão, localizada em Pirapora do Bom Jesus (SP), completa neste mês de setembro o seu primeiro centenário. Operada pela Empresa Metropolitana de Água e Energia (Emae), a unidade passa por um processo de modernização com investimentos que chegam a R$ 100 milhões.

As melhorias incluem a reforma completa das duas unidades geradoras de energia da usina, com a substituição dos equipamentos geradores e implementação de sistemas digitais para a operação. As intervenções também contemplam a troca de comportas de emergência e a implantação de um sistema de automação para as comportas da barragem, garantindo uma resposta mais ágil em situações emergenciais, como altos índices de chuvas e vazões elevadas.

“A Usina Rasgão foi pioneira no aproveitamento energético do Rio Tietê e continua relevante não apenas pela geração, mas por sua função no controle de cheias. Com o retrofit, garantimos operação segura, maior confiabilidade e vida útil estendida para as próximas décadas”, afirma Karla Maciel, CEO da Emae.

Atualmente, a usina opera com potência de 22 MW em duas unidades geradoras e vazão de 130m³ por segundo. Isso corresponde ao abastecimento de uma cidade com 79 mil residências.

Patrimônio histórico e engenharia pioneira

Inaugurada em 1925, pela São Paulo Tramway, Light and Power Company Ltd., a usina nasceu de uma crise: uma seca reduziu em 40% a vazão dos rios Tietê e Sorocaba, obrigando o governo a decretar racionamento de energia. A solução foi a construção de novas usinas em tempo recorde — Rasgão foi erguida em apenas 11 meses. O nome remete a um “rasgo” aberto por garimpeiros que desviaram as águas em busca de ouro.

Para a Emae, modernizar Rasgão é também preservar parte da história da industrialização paulista. “Estamos garantindo que esse patrimônio, que ajudou a impulsionar o desenvolvimento de São Paulo, continue ativo e adaptado às demandas do futuro”, completa Karla.

Sobre a Emae

A Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) é uma companhia privada que atua no setor de geração de energia elétrica por meio de fonte hídrica para o Sistema Interligado Nacional (SIN), ligado à Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Suas usinas e barragens estão localizadas em São Paulo, Região Metropolitana de São Paulo, Baixada Santista e Médio Tietê. Comprometida com a transição e segurança energética do país e em diversificar suas fontes de energia, a Emae tem participação na Usina Fotovoltaica Flutuante (UFF Araucária), localizada no reservatório Billings, primeira e maior usina solar flutuante do país.

Do pioneirismo à inovação: Usina Rasgão celebra 100 anos com R$ 100 milhões em investimentos para o futuro da energia. Foto: Divulgação